segunda-feira, 16 de outubro de 2006

O sonho

A noite, na rua, traz a solidão e o silêncio. A noite, lá fora, cala a voz e a dor dos fracos e dos oprimidos, daqueles a quem a vida não estendeu a mão. À noite, nas estradas, vagueiam os corpos nus, daqueles que escolheram a via mais fácil. À noite residem os corpos daqueles a quem o mundo virou as costas e na alucinação descobrem a alegria por momentos. Mas no meu quarto, a noite devolve me o sonho, devolve a alegria de poder tornar real aquilo que sempre desejo! À noite entre estas quatro paredes eu posso viajar pelas estrelsa, vaguear pelas constelações , visitar planetas distantes, posso imaginar o meu princípe da escuridão sentado ao meu lado, tocando nas minhas mãos. À noite, quando o mundo lá fora continua a viver, eu paro. Penso nele. Sinto o seu suspiro junto à minha pele, o seu toque suave no meu corpo. Vejo os seus olhos brilhantes e negros e envolvo-me na sua cara, para finalizar com um doce toque nos seus lábios. Mas tudo isto é um sonho. sou a cinderela que nunca perderá o sapato e o meu princípe nunca me procurará no seu reino. Continuo a sonhar... Desta vez fecho os olhos e consigo senti-lo melhor que nunca. Centímetro a centímetro, olhar a olhar, suspiro a suspiro... Eu tenho o aqui eternamente ao meu lado! Porque me podem tirar tudo mas jamais me levarão o sonho...

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