É um bocadinho difícil contar esta história... Foi vivida na primeira pessoa e que não teve grande piada na altura, não! Mas como é que com os erros que se aprende a não confiar nos outros, muito menos naqueles que não falam a nossa língua, cá vai ela, do fundo do mais íntimo do meu coração, com toda a sinceridade possível e com todos os pormenores possíveis e imaginários. Tudo começara durante a madrugada de Sábado, 22 de Setembro de 2007. Quando cinco portugueses, uma francesa e uma alemã resolveram sair, para ter mais uma daquelas noites que só prometem ser animadas e são-no verdadeiramente. Lá fomos nós beber umas bejecas e dançar uma ou outra música (De realçar que o Dj pensa que nós somos todos de língua latina, porque só passa espanhola). Findo o nosso rally que passa pelo Otherside, resolvemos continuar na farra mais um bocadinho e fomos para o Replay onde eu e o Nuno pousamos por alguns minutos o copo da cerveja e duas abusadoras pessoas de nacionalidade húngara resolveram tirar os copos do balcão e bebe-los a uns míseros metros dos nossos olhinhos. Como eu sei que tais figuras não me percebem e pouco menos devem ter cultura-geral para visitar um blog, não lhes posso deixar um recado, contudo posso sempre avisar todos os outros que é muito feio roubar ou mexer no que está quieto e que é dos outros e além disso beber pelo copo de estranhos é muito pouco higiénico e saudável. Enfim, enchemo-nos do Replay e fomos ao Patriota, passados 10 minutos viemos logo embora. A longa jornada até ao Magister foi longa, passámos por sombras assustadoras, luzes que mexiam e ventos que assobiam... Chegámos finalmente ao nosso Hotel e tivemos tempo para conversar, filmar , ir muitas vezes a casa de banho, dizer adeus pela cam, enviar os videos,etc. etc. Até às seis da manhã tivemos que fazer, o grande problema é que às dez tínhamos que estar mais que prontas para ir apanhar o bus...
E aqui começou a aventura!
- Ai! - dizia a Tânia - Acho que não consigo andar de autocarro hoje!
- Anda lá! - reclamava eu com ela - Ontem não bebemos assim tanto!
Lá fomos,cada uma no seu turno, tomar baninho... Comemos qualquer coisita e lá fomos. Como é da praxe esperamos pelo Nuno. Chegámos à central de camionagem no ponto. Mais uma vez o motorista não fala inglês e levou trocos a mais ao Nuno, o autocarro não abria os vidros e nós estavamos a morrer de calor e sede. Chegados a Gyor, com o pé no chão começámos a nossa visita turística, bastante má por sinal! Sentávamo-nos em tudo o que era sombra com banquinho, visitámos a casa onde Napoleão Bonaparte ficou hospedado por uma noite, vimos o rio, a catedral, mais uma ruinazitas, mais umas ruas estranhas e lá fomos nós de regresso a Veszprém. Decidimos que regressaríamos de comboio. Parte mais emocionante da histórinha. Tirámos o bilhetezinho que ficou por metade do preço, esperamos até as 19 e finalmente apareceu o comboio, mas ainda não tinha a linha. De repente desapareceu outra vez, para nunca mais aparecer, e com razão! Perguntamos a duas pessoas:
- To Veszprém?
- Line 7.
-Thank you.
Voltamos a peguntar a mais uma pessoa!
- This! This!
- Thank you!
Entramos, instalamo-nos confortavelmente e piiii... O comboio arrancou. A pica veio ver os bilhetes e passado um bocado voltou.
- Ahjdfc,wflva ylyv fa gfasgDASDkcdjasjjas Veszprém!
Perceberam? Pois, nós muito menos! A mulherzinha lá fez um desenho que se resumia a isto:

-Bakony! Nem Bus!- dizia a pica.
O pânico voltou a instalar-se! Veio outra! Desta vez uma rapariga!
- Deutsch?!
- No, only English!
- Or french!
- E que tal português não?
Até que finalmente surgiu a ideia! Ligar ao Zacky! Boa, boa! Liga! Não liga tu! Está bem! Quem fala? Falas tu? Eu faço sempre tudo! o que digo? Hi Zacky! We need your help, we are lost the train doesn't go to Veszprém, blá-blá-blá! Então liga tu! Oh! Anda lá! Liga que eu vou chamar a pica! Ok!
Momento de Suspense
Zacky disse, para além disto mais algumas coisas:
-(English) Vou ver se ainda há autocaros a esta hora!
-Ok
Zacky volta a ligar, eu volto a chamar a pica e finalmente o problema resolvido.
O Zacky tinha encontrado um autocarro. Aquele que devíamos ter apanhado em Gyor, explicou--nos que a senhora ía dizer-nos onde devíamos sair. A senhora disse para sairmos e acompanharmos outra senhora que arranhava o inglês. No meio do nada, com duas casas e uma estação de comboios ficamos nós a espera do autocarro! Meia-hora a espera dele... mas agora sim tinhamos a certeza... Íamos chegar a casa!
Coming back Home
Curiosidade: Gyor é a cidade natal do Miklos Fehér, o jogador do SLBenfica que morreu no estádio de Guimarães (para quem não se lembra)! Ainda pensamos ir a sua campa deixar-lhe umas flores ou pôr uma velinha e rezar um Pai-Nosso, mas infelizmente os cemitérios não vêm nos guias turísticos!
1 comentário:
Um beijinho pas melhores aventureiras da UTAD, sem duvida mt boas representantes da mui nobre universidade, no país tao distante k é a Hungria.
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