A partida foi dia 29 de Agosto do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto). As horas já não me lembro, mas o voo da RyanAir, baratinho, porque o estudante tem que poupar para a cerveja, estava previsto para as 21 e qualquer coisa. Tivemos que fazer uma paragem em Londres, porque o avião para Balaton (Hungria) só saía no dia seguinte às 9:50...
Os senhores lá do aeroporto viram os nossos BI's e aí fomos nós para uma noite que se avistava longa e cheia de situações caricatas. A net até se apanhava, mas tinha que se pagar; o homem do café, era português e nós ali com um esforço enorme a tentar encontrar as palavras certa na língua de Sua Majestade, tudo para pedir uma simples bica, que era bastante amarga... A noite lá se foi passando entre o monitor onde se anunciava os voos e a smookers room (que era cá fora!). Ainda provámos a muito custo os panados que a mãe do Chico fez e estávamos prontos para mais um check-in, mais umas libras por causa do peso em excesso, mais umas estranhas apalpadelas pelo corpo para ver se não ía nada de suspeito e perigoso e tirar os sapatos... TIRAR OS SAPATOS?! Porquê vão ver o nível de poluição atmosférica que eu levo calçada?! Depois a escada a mexer muito, o som dos muitos cintos a apertar, o barulho do motor, a sensação de ir num foguetão para a Lua, a cabeça a querer ficar terra e mais curva, outra, o avião continuava a subir, as casas, os carros, os campos, ficavam cada vez mais pequenos e, por fim as nuvens. A visão espectacular de um grande extensão de algodão doce. Humm! Que apetitoso! Tão grande e tão fofinho... De novo as vozes e a coreografia das simpática hospedeiras: "Portas de segurança, atrás, a frente no meio, máscara e oxigénio em cima, apertar cintos assim e assado". Aí vamos de novo a estrada está tão lisinha, tão bem alcatroada e de repente, meia dúzia de buracos... Mas, afinal, já estavamos em terra! Depois esperar pelas malas e como se saído do nada: um espectacular estudante húngaro, falava inglês e deu-nos boleia até Vezsprém. Ainda nos levou a comer qualquer coisa...
Depois a chegada, check-in na residência, conhecer o "Hotel Magister", e dormir, dormir muito porque estávamos muito cansados... Sexta fomos passear, conhecer a cidade que nos ía acolher... Um misto de Alemanha Soviética e Rússia, lembrando sempre que a Hungria já teve uma participação na História. As pessoas na sua maioria falam inglês, mas quando vamos a um supermercado, as coisas dão um bocado mais para o torto. Nada que uns gestos salvem... A noite ainda não foi muita, mas já deu para provar a cerveja cá do sítio.... Também já provámos o vinho, destaco o Ice Wine, tão doce que parece sumo! O Erasmus Party People foi numa viagem a Badacsony, a uma quinta de um senhor muito simpático. Agora temos que esperar até segunda, para ir falar com a coordenadora para nos dar as indicações, sobre quem serão os nossos professores e onde serão as nossas aulas. E aí vamos nós... Na alucinante jornada de Vidinha de Estudante Erasmus...
Qual direcção escolher?Porquê?Será a correcta?Desígnios da vida de um estudante português no estrangeiro
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